- Eu também te amo muito.
Um beijo veio logo depois, mas
não um simples beijo. Apaixonado, sincero, feliz, com sorrisos no meio, com a
vontade que eles têm de se pertencerem, que durava mais a cada vez que os olhos
se abriam e eles se enxergavam. Intenso, como tudo que envolve os dois.
O olhar dos dois se encontrava
no meio de toda aquela paisagem e todas as coisas que aconteciam ao redor e
poderiam tirar a atenção. Um repousava no outro, fixamente, não havia nada que o
fizesse querer sair dali, que fizesse seus olhos desgrudarem dos dela.
Deitados na grama, debaixo de
uma árvore, sem ver as horas passarem, sem se preocuparem com o tempo ou com
qualquer outra coisa. Só uma coisa importava agora: eles estavam juntos, e não
havia nada para atrapalhar.
Cafunés, sorrisos, risos,
confissões, um abraço com a sensação de “você não vai sair daqui, e não vou
deixar nada de ruim acontecer enquanto eu estiver por perto”, as pernas
entrelaçadas, os suspiros, a respiração ficando difícil, o coração batendo
forte. Eu perdido em você, sem a mínima vontade de querer me achar.
“Me leva daqui, foge comigo pra bem longe”, talvez fosse
mesmo a minha vontade. Lembra que ficamos ali fazendo planos como se fôssemos
mesmo casados? Imaginando nossa lua de mel, nossa casa, quantos filhos teríamos
e como educá-los.
Desculpa ser direto sem saber
se você está pronta pra saber. Sempre achei exagero ouvir as pessoas dizendo
que não conseguem passar um dia longe de quem as faz bem. Talvez seja, mas é
verdade que dói muito. Ainda mais pra mim, tão inseguro de tudo,
involuntariamente procurando por brechas pra imaginar problemas que não existem,
imaginando se você está bem e não precisa de mim a cada cinco minutos, sendo
que no fundo eu sou o que mais precisa de ajuda.
Preciso de um abraço seu, dar um sorriso que só você sabe
me tirar, do seu cheiro fazendo meu coração disparar, do seu toque fazendo cada
parte do meu corpo ficar arrepiada. Preciso de uma dose diária de “eu te amo,
meu amor”, mesmo não tendo dúvida nenhuma.